Estações do Metro de Lisboa encerradas devido a greve parcial dos trabalhadores
A circulação do metro de Lisboa está esta terça-feira de manhã suspensa e as estações estão encerradas devido à greve dos trabalhadores, prevendo-se a reabertura às 10.30 horas.
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Os trabalhadores do Metro decidiram manter as greves parciais marcadas para hoje e quinta-feira, depois de um plenário realizado na segunda-feira à noite no qual foram rejeitadas as propostas apresentadas pela empresa.
Depois de um plenário inconclusivo realizado na segunda-feira à tarde, os trabalhadores reuniram-se novamente pelas 23.30 horas, onde decidiram chumbar a proposta da empresa e manter as greves parciais, indicou Sara Gligó, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).
Sara Gligó referiu que a greve parcial de hoje vai decorrer e que fica em aberto a realização da paralisação marcada para quinta-feira. "Depende da apresentação de uma proposta por parte da empresa, mas as expectativas são baixas", frisou.
Hoje, em comunicado, o Metropolitano de Lisboa lamentou que a greve parcial decretada pelas Organizações Representativas de Trabalhadores (ORTs) não tenha sido suspensa. "A empresa tudo fez para evitar estas paralisações e continua empenhada em manter as negociações com os trabalhadores para pôr termo a estas divergências", é referido na nota.
De acordo com a transportadora, foram apresentadas "duas propostas negociais, assentes em princípios previamente firmados no Acordo de Empresa de 2023, procurando responder às reivindicações apresentadas com equilíbrio, responsabilidade e no respeito pelos limites de sustentabilidade da empresa e correspondentes ao caderno reivindicativo dos sindicatos"
No entanto, os sindicatos entenderam ser de manter a greve, indica a empresa, que diz continuar totalmente disponível para o diálogo "com o objetivo de alcançar um entendimento equilibrado e sustentável".
Sara Gligó tinha adiantado durante a tarde de segunda-feira que os sindicatos estiveram reunidos com a administração do Metropolitano de Lisboa, que "reiterou a proposta apresentada anteriormente".
A paralisação irá decorrer das 5 horas às 10 horas para os trabalhadores da operação, das 7 horas às 12 horas para os trabalhadores do setor oficinal, das 7.30 horas às 12.30 horas para trabalhadores dos setores fixos e administrativos e das 2 horas às 7 horas para trabalhadores dos serviços noturnos e via.
Segundo informou o Metropolitano de Lisboa, o tribunal arbitral não decretou serviços mínimos para estas greves parciais e o serviço abrirá apenas a partir das 10.30 horas.
Entre as reivindicações está o aumento do subsídio de refeição, de férias e de Natal e alterações no horário máximo de trabalho semanal.
O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).