Se vir que alguns encargos estão a assumir um peso excessivo no seu orçamento deve iniciar um "plano de desendividamento". Para isso deve organizar as suas dívidas por montante: do menor para o maior valor.
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Para muitas famílias, os encargos com créditos ocupam uma grande fatia do seu orçamento familiar. Quanto mais dívidas tiver para fazer face, maior será a sua taxa de esforço.
A taxa de esforço mede o peso que os créditos têm nos seus rendimentos. Idealmente, se só tiver um crédito habitação, esta não deve superar os 30%, mas se tiver mais empréstimos, a taxa deve ser inferior a 50%.
Ou seja, imagine que tem um crédito habitação, um crédito automóvel e cartões de crédito. Para uma gestão de orçamento saudável, a soma destas prestações não deve representar metade do seu rendimento.
Se por alguma razão, seja o contexto económico ou alguma alteração a nível pessoal, vir este encargo pesar mais no seu orçamento, deve iniciar um "plano de desendividamento". Para isso deve organizar as suas dívidas por montante: do menor para o maior valor.
Isto porque quanto mais rápido amortizar as dívidas, mais motivado se vai sentir para continuar com o plano.
Cartões de crédito
Para tirar partido das vantagens de ter um cartão de crédito, um dos principais cuidados que deve ter é pagar na totalidade o montante mensal em dívida. Assim, poderá usufruir do crédito que contraiu por um curto período de tempo, não pagando os juros inerentes à sua amortização a mais longo prazo.
Regra geral, são montantes mais reduzidos. Por isso deve começar por aqui.
É recomendável até registar todos os pagamentos que realiza com o cartão de crédito. Esta é uma boa maneira de não perder o controlo dos gastos, já que isso pode ser fácil de acontecer os cartões de crédito. E ainda em relação a esta questão, opte por não ter mais do que um cartão de crédito. Este é um bom passo para evitar o sobreendividamento.
Créditos pessoais
Depois de pagar as dívidas dos cartões de crédito passe para os créditos pessoais. Estamos a falar do crédito automóvel, daquele financiamento que contraiu para comprar um eletrodoméstico ou até para fazer pequenas obras em casa, por exemplo.
Pode sempre aproveitar momentos de maior rendimento para o fazer, como é o caso do reembolso do IRS e dos subsídios de férias e Natal.
Ao amortizar os montantes que tem em dívida para com as instituições financeiras verá o custo total do financiamento diminuir. Porém, tenha em atenção que, ao pagar antecipadamente, poderá ser-lhe cobrada uma comissão de amortização - cujo valor se encontra descrito no seu contrato de crédito. Faça as contas para perceber se compensa, ou não, amortizar e pagar o crédito na totalidade.
Pode ainda optar pela consolidação de créditos. Esta opção vai permitir juntar todos os créditos - à exceção do crédito habitação - num só, com uma prestação mais baixa do que a média das prestações anteriores. Ao escolher esta alternativa, vai baixar a sua taxa de esforço, tornando-se mais fácil acabar com esta dívida.
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