Os EUA pressionaram a União Europeia para que seja alcançado um acordo sobre o financiamento da Grécia, prevenindo para "um aumento da incerteza" na Zona Euro em caso de fracasso, segundo um dirigente do Departamento do Tesouro.
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"É importante para a Europa e para a economia mundial que se alcance um acordo", indicou este responsável, acrescentando que isso implicaria um "vigoroso" esforço "de compromisso" dos dois lados.
O dirigente do Governo de Barack Obama, a coberto do anonimato, vincou que "os europeus têm a capacidade de gerir estes desafios".
"Se as negociações falharem, a Grécia vai sentir os efeitos económicos imediatamente" e a Zona Euro conhecer "um aumento de incerteza, tal como a economia no seu conjunto", acrescentou.
A mesma fonte insistiu que "isto vai acontecer no momento em que a economia da Zona Euro está fraca e enfrenta pressões deflacionistas".
Quando Washington diz que segue a situação de forma "empenhada", o secretário do Tesouro dos EUA, Jacob Lew, falou hoje com o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, e o seu homólogo francês, Michel Sapin, informou fonte do Tesouro.
A disputa está cada vez mais intensa entre Atenas, que hoje fez concessões para conseguir o prolongamento do seu financiamento internacional, e Berlim, que as considera insuficientes, deixando porém a porta aberta a um compromisso.
A União Europeia deu a Atenas um prazo até sexta-feira para solicitar uma extensão do programa de assistência internacional, em vigor desde 2010, que envolve uma austeridade drástica, mas que o novo governo grego recusa.