Exploração de trabalhadores portugueses no Canadá dada a conhecer a Paulo Portas

O presidente do Sindicato da Construção de Portugal vai pedir, esta sexta-feira, uma reunião ao ministro dos Negócios Estrangeiros para encontrar uma solução para a "exploração" de milhares de trabalhadores da construção civil portugueses no Canadá.
Em conferência de imprensa, o Sindicato da Construção de Portugal denunciou, esta sexta-feira, que há milhares de trabalhadores portugueses e espanhóis a ser levados por "angariadores de mão-de-obra" para o Canadá para irem trabalhar na construção civil com a promessa de ganhar 30 euros a hora - valor que um trabalhador em situação legal recebe - que ao chegar ganham "12 euros à hora".
"Vamos solicitar uma reunião ao senhor ministro dos Negócios Estrangeiros [Paulo Portas] para que, através da intervenção dele com o seu homólogo do Canadá, haja um controlo" sobre a situação de exploração dos trabalhadores portugueses na construção civil no Canadá, declarou Albano Ribeiro, durante a conferência de imprensa no Porto.
Segundo o presidente do Sindicato da Construção de Portugal, se nada for feito vão existir trabalhadores portugueses "repatriados para Portugal" ou então a "ficarem na rua e viverem da caridade no Canadá".
De 22 a 27 de abril, o Sindicato da Construção de Portugal deslocou-se à região de Toronto (Canadá) e reuniu-se com "o maior sindicato da América do Norte", com o Consulado português, Ministério da Cidadania e da Emigração do Canadá, entre outras entidades.
"Ficámos a saber que os trabalhadores que foram para o Canadá para empresas do Canadá e portuguesas, e que estão integrados socialmente e laboralmente, ganham 30 euros à hora", contou Albano Ribeiro.
Os trabalhadores que decidem emigrar e estão numa situação ilegal, "porque não têm residência, nem autorização para trabalhar", estão a "passar por momentos muito difíceis", avisou o sindicalista.
