Temática da Inteligência Artificial estará, esta segunda-feira, no centro do debate durante uma conferência, na Casa das Artes, no âmbito do 5.º Fórum Económico Made In.
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A iniciativa promovida pelo município famalicense e pelo Jornal de Notícias vai debruçar-se sobre os desafios da inteligência artificial. De que forma é que as tecnologias emergentes estão a transformar o tecido empresarial e económico? Vai a inteligência artificial ajudar as empresas a ultrapassar barreiras? Quais são os limites à sua utilização? Estas são apenas algumas das interrogações para responder durante o encontro.
“A dimensão económica deve preparar-se para ir acompanhando e apetrechar-se de conhecimento para poder incorporar a grande revolução”, diz Mário Passos, presidente da Câmara de Famalicão. O autarca considera que a tecnologia, nomeadamente o uso de inteligência artificial, poderá “fazer com que uns territórios estejam mais competitivos e mais preparados do que outros”.
Aliás, no âmbito da distinção do concelho como Região Empreendedora Europeia, têm sido desenvolvidas várias iniciativas no campo da digitalização e da tecnologia.
Augusto Lima, vereador da Economia e Inovação, destaca o Pacto para as Competências Digitais firmado com instituições formadoras e a questão dos centros tecnológicos que estão a ser criados no concelho.
Os Centros Tecnológicos Especializados nas áreas industrial, informática e energias renováveis são financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência.
Como resultado dos projetos e iniciativas, no final do ano, o município estabeleceu que deveriam ter sido apoiadas 552 empresas, 70 reconhecidas pela sua sustentabilidade e inovação e 511 empreendedores e estudantes capacitados. “Acho que já ultrapassamos os objetivos a que nos propusemos”, refere o vereador, corroborado por Mário Passos, que frisa a importância do título para as empresas.
Segundo Augusto Lima, o concelho ainda é muito procurado na vertente industrial mas, fruto do investimento na área da tecnologia, assume que a autarquia está a ter uma atitude “mais proativa”. “Com mão-de-obra especializada vamos ter de criar condições para que esse tipo de empresas se instale em Famalicão e venham a criar valor”, diz. “Estamos a trabalhar nisso”, conclui.
“Queremos ser pioneiros a trazer para a dimensão económica estes novos conhecimentos tecnológicos”, aponta o autarca Mário Passos, notando que daí a temática do fórum.
O encontro começa às 14.30 horas, na Casa das Artes de Famalicão, e abre com a intervenção do secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, do presidente da Câmara de Famalicão, Mário Passos, e do diretor do JN, Vítor Santos.
De seguida, será apresentado o depoimento gravado do filósofo e ensaísta Daniel Innerarity e de Luís Marques Mendes. Às 15.45 horas, o painel “Criar, criar, criar. A Transição Digital é uma locomotiva” vai ser moderado pelo diretor geral digital do JN, Manuel Molinos, e conta com as intervenções de Gil Sousa, cofundador da ESI-Robotics, Isabel Furtado, administradora executiva da TMG, Elvira Fortunato, Professora Catedrática na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Lisboa, Pedro Santos, Vice-Presidente da ACEPI (Economia Digital Portugal), e Luís Borges Gouveia, professor Catedrático na Universidade Fernando Pessoa.
Equipas criam soluções inovadoras em 48 horas
Nos próximos dias 25 e 26 de novembro vários empreendedores ligados à transformação digital, automação de processos e inteligência artificial juntam-se no Famalicão IN HUB, em Vale S. Cosme, Famalicão, para dar respostas aos desafios colocados pelas empresas. Esta é uma das iniciativas desenvolvidas no âmbito do Famalicão Região Empreendedora Europeia, e que se concretiza na criação de soluções, aplicações, protótipos ou ideias numa lógica de interajuda e competição entre equipas. A grande meta é apresentar uma solução ao desafio que cada empresa coloque em 48 horas.