Cabaz de produtos alimentares essenciais custa mais 17 euros do que no início do ano. Inflação está a bater recordes e é a mais alta desde 1992.
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A farinha para bolos e o óleo alimentar 100% vegetal registaram uma subida de preço acima dos 40% entre os dias 5 de janeiro e 27 de julho. Segundo os cálculos da Deco Proteste, estes foram os produtos que mais aumentaram, desde o início do ano. No topo da tabela estão também o salmão e o bife de peru, cuja diferença no preço foi superior a três e a 1,50 euros, respetivamente.
Desde que o ano de 2022 começou, a inflação tem vindo a bater recordes, tendo sido agravada pela guerra na Ucrânia. Em julho, o índice de preços no consumidor aumentou para os 9,1%, face aos 8,7% de junho. O Instituto Nacional de Estatística estima que seja o valor mais alto desde novembro de 1992. Os produtos energéticos contribuíram para a subida geral dos preços (31,19% de taxa de variação homóloga), mas também os produtos alimentares não transformados (13,22%).
Cabaz supera os 200 euros
Num cabaz de 63 alimentos, considerados essenciais, que incluem carne, peixe, frutas, legumes e mercearia, a Deco Proteste estima que o custo tenha subido 17,59 euros desde 5 de janeiro. A fatura total a 27 de julho era de 205,29 euros. No início do ano, estava nos 187,70 euros. A carne e o peixe foram as categorias que mais aumentaram desde 23 de fevereiro: 4,76 e 9,98 euros, respetivamente.
Entre 20 e 27 de julho, a curgete, a pescada fresca e a cebola tiveram a subida mais elevada. Desde 23 de fevereiro, a pescada fresca e o salmão foram os produtos que ficaram mais caros, seguidos do óleo alimentar 100% vegetal e do frango.