A tecnológica Fujitsu tem em curso um processo de despedimento coletivo de 54 trabalhadores dos seus centros de competências de Lisboa e Braga, segundo um documento enviado pela empresa aos visados e a que a Lusa teve acesso esta segunda-feira.
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No documento, datado de 12 de setembro, a empresa justifica o despedimento com a redução da atividade em várias secções, fruto da diminuição do volume de serviços contratados por terceiros.
A Fujitsu diz que são circunstâncias a que é alheia, mas que levaram a que 54 postos de trabalho "tenham ficado totalmente esvaziados de funções, e por esse motivo, se tornem atualmente desnecessários". Acrescenta que procurou outros postos de trabalho que pudessem ser ocupados pelos 54 trabalhadores e que, inclusivamente, constituiu uma equipa para lhes dar apoio numa procura ativa de outros postos de trabalho dentro da empresa, mas não foi possível.
"Assim, no âmbito da sua gestão empresarial, a Fujitsu conclui que não se justifica, nem funcional nem financeiramente, manter estes postos de trabalho, pelo que decidiu proceder ao despedimento coletivo dos 54 trabalhadores que os ocupavam", diz ainda.
Fornecedor global de tecnologias de informação para o mercado global, a japonesa Fujitsu está em Portugal há mais de 46 anos, tendo sede em Lisboa e, desde maio de 2016, um centro de competências em Braga.
Para o despedimento, a empresa alega que, na atual conjuntura económica, a sobrevivência na área da prestação de serviços em tecnologias da informação obriga à reestruturação da organização produtiva nas diferentes secções e à racionalização da utilização dos recursos disponíveis e ao aumento da sua produtividade.
A notificação da decisão final de despedimento acontecerá no dia 1 de outubro. Os efeitos do despedimento terão lugar em datas distintas, de acordo com a antiguidade de cada trabalhador, devendo ocorrer entre 31 de outubro e 15 de dezembro.
A empresa diz que será paga a cada trabalhador abrangido pelo despedimento coletivo a compensação legalmente prevista, atendendo ao valor da sua retribuição base e à sua antiguidade. A Lusa tentou ouvir a administração da Fujitsu, mas ainda sem sucesso.