Os furtos nas lojas aumentam na época natalícia e devem atingir, este ano, 68 milhões de euros em Portugal, o que representa um crescimento de 3,2% face a 2009, revela um estudo europeu.
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O relatório "Shoplifting for Christmas 2010", sobre furtos no Natal, indica que apesar do decréscimo de 1,6% de furtos nas lojas portuguesas durante este ano, representando uma perda total de 340 milhões de euros, os roubos vão aumentar nesta época natalícia.
Os consumidores serão responsáveis por 40 milhões de euros de produtos roubados, os funcionários das lojas por mais de 23 milhões de euros, enquanto as fraudes desencadeadas ao longo da cadeia de abastecimento representam cinco milhões de euros.
O estudo, conduzido pelo centro britânico responsável pelo Barómetro Global do Furto do Retalho, prevê um aumento das quebras dos comerciantes europeus e estima que os produtos roubados totalizem 5,4 mil milhões de euros, mais 168 milhões de euros do que em 2009 (3%).
Os autores do estudo dizem que apesar dos níveis de furto terem diminuído a nível global, o facto de se viver um período economicamente difícil vai estimular a tentação de sair das lojas sem pagar pelos produtos.
Bebidas alcoólicas, vestuário e acessórios de senhora, perfumes, produtos de beleza, DVD's, iPOD's, jogos elcetrónicos, relógios e alimentos típicos desta quadra festiva estão no topo das preferências.
De acordo com o relatório, os comerciantes devem estar mais atentos nesta época aos ladrões ocasionais, que têm, em média 25 anos e pertencem ao sexo masculino.
Perfil do ladrão
Espera-se que no Natal, ao contrário do que acontece no resto do ano, mais de metade dos furtos sejam realizados por homens.
No entanto, as mulheres têm tendência a levar produtos mais caros.
A quantia média furtada será de 103,24 euros.
Os empregados serão responsáveis por um desvio de 1,7 mil milhões de euros, através do furto de produtos e transacções fraudulentas.
O documento lembra que "os gestores das lojas devem estar cientes do aumento do potencial de furto", numa altura em que são contratados muitos trabalhadores sazonais.
O grupo de risco é constituído por ladrões profissionais ou semi-profissionais, gangs que furtam para revenda e delinquentes.