Os líderes da Alemanha, França e Grécia consideraram, esta quarta-feira, durante uma teleconferência, que o futuro da Grécia se encontra na zona euro. Mostraram-se, ainda, confiantes nas medidas de austeridade aprovadas pelo governo de Atenas.
Corpo do artigo
No final da teleconferência de emergência, o primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, reforçou a ideia de que Atenas está com uma "determinação absoluta" em respeitar os seus compromissos e atingir os objectivos fiscais exigidos pelos credores internacionais.
A presidência francesa, em comunicado, diz que insistiram junto do primeiro-ministro grego para que seja cumprido, efectivamente, o programa de ajustamento da economia grega "apoiada pelos países da zona euro e o FMI e que condiciona o desbloqueamento de futuras fatias do programa".
"O Presidente da República e a chanceler sublinharam ser mais indispensável que nunca a aplicação das decisões adotadas em 21 de Julho pelos chefes de Estado e de governo da zona euro para assegurar a estabilidade da zona euro", referiu, ainda, a presidência francesa.
As principais bolsas europeias terminaram, esta quarta-feira, em alta, depois de terem estado suspensas pelos resultados da teleconferência. Paris concluiu a sessão em progressão (1,87%), Frankfurt registou um avanço de 3,36% e Londres 1,02%.
O cenário de um incumprimento por parte da Grécia tem vindo nos últimos dias a agitar os mercados, face a receios de uma eventual saída da Grécia do euro.
Os líderes dos países da zona euro têm procurado acalmar os mercados financeiros internacionais e conter a crise. O comissário europeu para os Assuntos económicos, Olli Rehn, avisou ainda, esta quarta-feira, que o incumprimento grego ou a saída do país da zona euro traria "consequências dramáticas" para a Grécia, a Europa e o mundo inteiro.
No domingo, o ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, anunciou medidas suplementares de austeridade para 2011 avaliadas em dois mil milhões de euros, para contrariar a contínua derrapagem das contas públicas.
O governo do Partido Socialista Pan-Helénico (PASOK) tem vindo a impor rigorosas medidas de austeridade. Cortes nas pensões e salários e o aumento dos impostos e da idade da reforma servem para garantir os empréstimos internacionais da União Europeia e FMI, avaliados actualmente em 219 mil milhões de euros.