O secretário de Estado dos Transportes afirmou, esta segunda-feira, que o despacho com a decisão sobre o futuro da empresa de assistência em escala Groundforce já foi assinado, escusando-se, contudo, a avançar qual é que foi a decisão do Governo.
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"O meu despacho e da senhora secretária de Estado do Tesouro e Finanças já foram dados relativamente a esse processo", disse à agência Lusa Sérgio Monteiro.
O secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações escusou-se a avançar a decisão do Executivo, dizendo apenas que o processo "está agora a seguir a tramitação normal e, em breve," será conhecida a decisão do Governo sobre esta matéria.
Em Outubro, o Público noticiou que a TAP já tinha escolhido o comprador para a empresa de assistência em escala nos aeroportos.
Segundo o jornal, o presidente da TAP, Fernando Pinto, pediu aos ministros das Finanças e da Economia e Emprego "autorização para a venda da participação social" de 50,1% que o grupo detém na Groundforce à Aviapartner por três milhões de euros.
A Aviapartner terá "opção de compra dos restantes 49,9% a um múltiplo do EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da sociedade reestruturada em 2015 ou 2016", noticiou o jornal.
Caso esta premissa se concretize, a TAP estima ganhos superiores a 55 milhões de euros, "com payout (reembolso) já durante o quarto ano".
A TAP partilhou a Groundforce até Março de 2008 com os espanhóis da Globalia, altura em que os 50,1% detidos pela empresa espanhola foram comprados por três bancos (BIG, Banif e Banco Invest).
Na sequência desta operação, a propriedade desta participação voltou para as mãos da TAP pelo mesmo valor que tinha sido vendida ao consórcio bancário: 31,6 milhões de euros.
A TAP transferiu então o controlo de gestão da Groundforce para a empresa independente Europartners, uma operação que foi submetida à autorização da Autoridade da Concorrência.