O início da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro, acelerou a subida do preço dos combustíveis em Portugal. No caso da gasolina, o preço por litro subiu quase 30 cêntimos.
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Se, no dia 1 da guerra, um litro de gasolina e de gasóleo simples custavam 1,816 e 1,660 euros, respetivamente, esta segunda-feira os preços médios terão saltado para 2,01 euros (subida de 29 cêntimos desde o início do conflito), ao passo que o diesel simples deverá estar a rondar os 1,95 euros (19,4 cêntimos mais caro).
As médias de preços verificados a cada segunda-feira só são apuradas à terça-feira, pelo que os valores exatos só serão conhecidos amanhã. No final da semana passada, a previsão apontava para 9,3 cêntimos de subida na gasolina e 13,6 cêntimos no gasóleo a partir de ontem, tendo já em consideração a redução no ISP decretada pelo Governo.
O preço do petróleo iniciou uma trajetória descendente nos mercados internacionais, mas o custo dos combustíveis em Portugal continua, para já, a subir. Ontem, o barril de Brent baixou 7%, para 105 dólares - quando, recentemente, tinha atingido os 130. Contudo, esta tendência não é ainda suficiente para que se vislumbrem melhorias nos preços: projetando os dados desta semana, um litro de gasolina simples em Portugal deverá passar a custar 2,01 euros e o gasóleo simples a rondar 1,95 euros.
Segundo a corretora de bolsa XTB, a perspetiva de negociações de paz entre Rússia e Ucrânia contribuiu para a descida do preço do petróleo. A esse motivo junta-se o facto de, na China, o ressurgimento de focos de covid-19 ter levado as autoridades a confinarem a cidade de Shenzhen, com 17 milhões de habitantes. Esse acontecimento levou a uma descida da expectativa da procura de petróleo, ajudando a fazer descer o preço por barril.