O governador do Banco de Portugal (BdP)é o primeiro nome a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito por onde vão passar um total de 121 personalidades.
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Carlos Costa, que, em setembro de 2013, foi avisado pelo empresário Pedro Queiroz Pereira, por carta, quanto ao desmoronar das contas do Grupo Espírito Santo, terá aqui a oportunidade para explicar o motivo pelo qual a intervenção do BdP no império da família de Ricardo Salgado levou quase um ano a efetivar-se. Aliás, verificando-se somente cinco dias antes do resgate.
Costa foi consensualmente, como outros tantos, um dos 247 nomes indicados pelos vários partidos parlamentares - daí que, depois de cruzados os pedidos e notadas as repetições , se tenha atingido uma lista correspondente a metade daquele número.
Atuais governantes, como os ministros das Finanças e da Economia, Maria Luís Albuquerque e Pires de Lima, respetivamente, ou ex-ministros, principalmente do Governo de José Sócrates, são algumas das figuras do elenco, onde se destacam gestores nacionais de topo ligados ao Grupo Espírito Santo. Com uma particularidade: enquanto os nomes dos ministros da coligação foram sugeridos por todos os partidos, os que passaram pelos governos socialistas foram chamados pelo PSD/CDS-PP. O ex-titular das Finanças Teixeira dos Santos ou o ex-ministro e quadro do BES Manuel Pinho são alguns exemplos.