O Governo vai implementar um plano de estabilização na tesouraria da TAP para assegurar a sustentabilidade da companhia aérea, anunciou o secretário de Estado dos Transportes, alertando para a necessidade do esforço de todos os colaboradores.
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"Neste momento são chamados todos os colaboradores do grupo TAP para este esforço de encontrar um plano de estabilização na tesouraria e de sustentabilidade no curto e médio prazo", disse hoje o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, no final do conselho de ministros em que foi decidida a suspensão do processo de privatização.
Em conferência de imprensa, o governante disse que, com a análise realizada pelos assessores financeiros, ficou evidente "a situação real" da transportadora aérea.
"Temos uma imagem muito clara do que é preciso fazer para assegurar essa sustentabilidade da TAP", afirmou, escusando-se a entrar em pormenores sobre as intenções do Executivo.
Sérgio Monteiro lançou um apelo aos trabalhadores do grupo, considerando que "ninguém pode ficar de fora deste esforço", lembrando as restrições da União Europeia para capitalizar a empresa.
O Governo anunciou que a proposta do grupo Synergy para a compra da TAP foi rejeitada porque não deu "as garantias adequadas".
"Não foram cumpridos os requisitos previstos no caderno de encargos", explicou a governante, ressalvando que a proposta de German Efromovich era "positiva, coerente e alinhada com a estratégia do Governo".
Em conferência da imprensa, Maria Luís Albuquerque explicou que, em cima da mesa, estava um encaixe líquido para o Estado de 35 milhões de euros e a recapitalização da empresa superior a 300 milhões, em duas fases, a que acrescia a assunção de um passivo na ordem dos 1,5 mil milhões de euros.
Maria Luís Albuquerque adiantou que agora o Governo vai ponderar "uma estratégia para a venda da TAP, tendo em conta os compromissos internacionais", assumidos com a 'troika'.