O Governo anunciou que pretende alargar o acesso ao Fundo de Garantia Salarial aos trabalhadores de empresas em Processo Especial de Revitalização ou ex-trabalhadores de empresas com processos de recuperação aprovados.
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De acordo com o secretário de Estado da Segurança Social, Agostinho Branquinho, que falava aos jornalistas no final de uma reunião com os parceiros sociais, a intenção do Executivo é a de alargar o âmbito do Fundo de Garantia Salarial (FGS) às empresas em Processo Especial de Revitalização (PER) através da criação de uma norma transitória que permita que trabalhadores que no último ano viram indeferidos os seus processos possam vir a aceder ao fundo.
"Portanto não vão precisar de fazer mais nada, os nossos serviços reanalisarão todos os processos", esclareceu o governante, acrescentando que durante a tarde serão enviadas aos parceiros sociais as propostas do Governo relativamente a esta matéria para serem discutidas, na quarta-feira, numa reunião técnica no Ministério da Segurança Social.
Segundo Agostinho Branquinho, será ainda criada uma "segunda norma" destinada a trabalhadores que cessaram o vínculo a empresas em recuperação ou insolvência para que estes possam vir também a ter acesso ao FGS.
"Estamos a falar de um universo de 6700 trabalhadores", disse Agostinho Branquinho.
À saída da reunião, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos considerou, em relação a este ponto, que o Governo está sensível às reivindicações dos trabalhadores e que "haverá caminho" para chegar a um consenso, mas disse que aguardará pela reunião de quarta-feira, uma vez que este assunto foi objeto de discussão "durante apenas 15 minutos".
Da UGT, Carlos Silva, referiu que ainda estava a analisar o documento, uma vez, que apenas tinha chegado aos parceiros na última sexta-feira.