O governo espanhol aprovou, esta sexta-feira, a imposição de arbitragem obrigatória para solucionar o conflito que dura há vários meses entre os pilotos e a direção da companhia aérea Iberia.
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Soraya Saénz de Santamaría, porta-voz e vice-presidente do governo, explicou aos jornalistas que a arbitragem pretende resolver um conflito que está a causar graves perdas para a Iberia e graves problemas para os espanhóis.
Os pilotos da Iberia mantêm com a direção da empresa um conflito aberto em torno da criação da 'low cost' [companhia de baixo custo] Iberia Express, com vários dias de greves e a marcação de paralisações todas as segundas e sextas-feiras até junho.
Um protesto que está a causar perdas diárias de entre 5 e 10 milhões de euros à empresa, que em cada dia de paralisação é obrigada a cancelar entre 120 e 140 voos.
Esta sexta-feira, quatro voos da Iberia, com partida ou chegada em Lisboa, foram cancelados. Segundo a página de Internet da ANA - Aeroportos de Portugal, foram cancelados dois voos, das 16.35 horas e das 20.45 horas, com partida em Lisboa e chegada a Madrid.
No sentido inverso, também foram canceladas duas ligações, a primeira com chegada prevista para as 15.55 horas e a segunda para as 20.05 horas.
A Iberia cancelou 122 dos 334 voos programados para esta sexta-feira, no sexto dia da greve convocada pelo sindicato dos pilotos Sepla.
D os 122 voos cancelados esta sexta-feira, 56 são domésticos, 56 de médio curso e dez de longo curso, informou a companhia espanhola.
Também em protesto contra a criação da Iberia Express, o sindicato da tripulação de cabine da Iberia (Stayla) convocou três dias de greve para 4, 11 e 14 de maio, que vão coincidir com as paralisações dos pilotos.