O Governo anunciou, esta quinta-feira, que espera para este ano menos recessão que a esperada em março, agora de 1,8% do PIB este ano, mas a estimativa está ainda muito longe do que a prevista no Orçamento do Estado deste ano, de 1%.
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Segundo a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, na oitava e nona avaliações o Governo e a 'troika' reviram o cenário macroeconómico para este ano e para 2014 de forma mais favorável face ao previsto na sétima revisão, em março.
A nova estimativa para a contração do PIB este ano é agora de 1,8%, face aos 2,3% do PIB que se previam em março. No entanto, esta previsão está ainda longe do que era esperado no início do ano no Orçamento do Estado para 2013.
Inscrita no orçamento estava uma previsão de recessão para este ano de 1%, que por sua vez tinha vindo a ser substancialmente piorada ao longo do processo de ajustamento.
Para o próximo ano, o Governo espera um crescimento maior em 0,2 pontos percentuais do PIB, ou seja, a previsão passa de um crescimento de 0,6% para 0,8% do Produto Interno Bruto.
O Governo espera também que a taxa de desemprego cresça menos que o previsto em março. A nova previsão é que esta se fixe nos 17,4% este ano, contra os 18,2% previstos em março. No Orçamento do Estado a previsão era que o desemprego atingisse os 16,4%.
Em 2014, a taxa de desemprego deverá afinal atingir os 17,7%, mais 0,3 pontos percentuais que este ano, se as coisas correrem como o Governo espera. A previsão de março era que esta atingisse um recorde de 18,5%.
Maria Luís Albuquerque adiantou ainda que o excedente externo deve crescer para 1,8% em 2014 e demonstrou confiança numa viragem do ciclo económico em Portugal.
"Novas perspetivas macroeconómicas sugerem que podemos estar de facto num momento de viragem", afirmou a governante.