O défice público deste ano poderá chegar, à luz das estatísticas oficiais, a 7,6% do produto interno bruto (PIB), mas o Governo reitera que a meta do défice se manterá em 4%. Só a ajuda do Estado ao BES poderá agravar o desequilíbrio das contas públicas em 2,9%.
Corpo do artigo
Na conferência de imprensa de apresentação do segundo orçamento retificativo deste ano, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, sistematizou as quatro novas fontes de derrapagem da despesa: a decisão do Tribunal Constitucional que obrigou a repor salários e impediu a tributação dos subsídios de doença, de desemprego e os cortes das pensões de viuvez; a maior despesa com hospitais; mais gastos autárquicos; e poupanças abaixo do esperado com os esquemas de requalificação e de rescisões de funcionários.