O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, salientou, esta sexta-feira, no Porto, que o Governo "tenciona cumprir integralmente" o acordo de concertação social, mas lembrou que algumas medidas "não podem ser já implementadas, porque existem dificuldades técnicas óbvias" a superar.
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"O acordo de concertação social é fundamental para todos os parceiros sociais e para o Governo, e é principalmente fundamental para o país. O Governo tenciona cumprir integralmente o acordo de concertação social", afirmou Álvaro Santos Pereira aos jornalistas esta sexta-feira de manhã, no final de uma reunião com a direção da Junta Metropolitana do Porto.
Segundo o governante, "em três meses já muito foi alcançado, muitas outras medidas estão em curso e estão a ser acompanhadas".
Álvaro Santos Pereira salientou que algumas das medidas "não podem ser já implementadas, porque existem dificuldades técnicas óbvias que têm que ser superadas", adiantando que o acordo "é para os próximos dois, três anos".
"Estamos a fazer o que podemos para cumprir integralmente e o mais rápido possível", sublinhou.
O governante apontou o exemplo da medida que prevê a acumulação do subsídio de desemprego com uma oferta de emprego, cuja remuneração seja inferior ao valor do subsídio.
Quando confrontado pelos jornalistas sobre os indicadores que apontam para o encerramento de seis mil empresas até ao final de 2012, o ministro lembrou que Portugal "tem a economia a contrair de uma forma bastante significativa", não sendo, por isso, de estranhar que haja diariamente empresas a declarar insolvência.
"Temos a economia a contrair de uma forma bastante significativa, as empresas naturalmente têm que se reestruturar e muitas delas vão à falência. Nós sabemos disso, não há nenhum mistério", disse.