O Governo garantiu, esta terça-feira, que "não vai acabar com a ADSE", disse o secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Função Pública.
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Durante uma reunião esta tarde entre a Federação dos Sindicatos da Função Pública (FESAP) e o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, o governante "disse que a ideia de acabar com a ADSE [proteção social dos funcionários públicos] não tem fundamento, e isso é uma boa notícia", disse Jorge Nobre dos Santos à Lusa.
O secretário de Estado também se comprometeu a "um aumento de 20% no orçamento dos serviços sociais da administração pública, para fazer face a algumas situações de carência", acrescentou Nobre dos Santos.
Na reunião, a FESAP (federação afeta à UGT) apresentou um caderno reivindicativo com várias propostas. Entre elas está a de um aumento salarial entre os 2 e os 3%. Nobre dos Santos já havia contudo reconhecido que, face à situação atual, é "praticamente impossível" qualquer aumento de salários no próximo ano.
"Apresentámos um documento circunstanciado, o Governo não apresentou nada", disse Nobre dos Santos, acrescentando que o Executivo prometeu apresentar um documento aos sindicatos da função pública no próximo dia 25.
"Não saímos de lá contentes nem radiantes, como deve imaginar", afirmou Nobre dos Santos.
O Ministério das Finanças e os sindicatos voltarão a encontrar-se no dia 28.
Este ano, os subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos foram suspensos e os cortes médios de 5 por cento aplicados nos salários da Função Pública e setor empresarial do Estado em 2011 para vencimentos superiores a 1.500 euros foi mantido.
Para 2013, o Governo decidiu já aumentar a contribuição dos trabalhadores do setor público e do setor privado para a Segurança Social dos 11 para os 18%.
Nobre dos Santos reiterou ainda a intenção da FESAP de organizar uma "jornada de luta" para o próximo dia 5 de outubro - o último nos próximos anos em que se celebrará o feriado da implantação da república. A jornada será "em defesa da república, dos serviços públicos e do trabalho", acrescentou o secretário-geral da FESAP.