Ministro das Infraestruturas disse, esta sexta-feira não poder garantir o pagamento de salários na Groundforce. "Nem sequer somos (TAP) o dono maioritário", explicou aquele responsável.
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Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, abordou o impasse face à necessidade da tesouraria imediata da Groundforce - empresa de handling com participação minoritária da companhia aérea TAP.
"Fala-se muito de o Governo estar a afastar os privados... Um privado que quer ter uma empresa, tem de ter dinheiro para a ter. Não pode é querer ter uma com o dinheiro dos portugueses. Pelo menos comigo isso não vai acontecer. Ninguém vai ficar com a TAP se não tiver dinheiro para a deter, e ninguém vai ter a Groundforce se não tiver dinheiro para a deter", sublinhou o responsável numa crítica a Alfredo Casimiro, sócio maioritário da empresa de serviços dos aeroportos.
Por outro lado, recusou assumir o ónus de pagamento dos salários dos trabalhadores. Pode garantir que os salários vão ser pagos em maio? "Eu? Não, não posso garantir isso porque nem sequer somos o dono maioritário da empresa. Não podemos garantir isso... A TAP foi suportando a Groundforce para lá daquilo que podia", acentuou.
O governante referiu-se ainda ao processo de reestruturação da TAP. "Neste momento há um conjunto de perto de 500 trabalhadores que estão identificados para o processo de despedimento coletivo, mas obviamente que ainda há tempo para que possam optar pelas medidas voluntárias que tinham sido apresentadas. Não é uma questão de chantagem, é o que é", destacou.
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Sobre o mesmo dossiê, negou a existência de um ambiente de pressão sobre os funcionários. "O objetivo do Governo é salvar a empresa e este número também é importante: já foi enviada a 6.240 trabalhadores da TAP uma carta de conforto a dizer que a sua permanência está garantida".