Um coordenador das Comissões de Trabalhadores (CT) do Parque Industrial da Autoeuropa admite que o "Governo poderá ajudar a reverter alguns despedimentos" resultantes da paragem de produção na fábrica de Palmela, mas advertiu que tudo depende das empresas.
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No total, há 425 despedimentos de trabalhadores temporários e não 434 como foi referido anteriormente.
Destes 425 trabalhadores temporários despedidos, 100 são da Autoeuropa e têm o regresso ao trabalho garantido logo que seja retomada a produção, mas a maioria dos restantes trabalhadores despedidos não sabe ainda se irá manter os postos de trabalho. Há 134 que tiveram lugar nas empresas Novacoat e Rangel.
Na segunda-feira, o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, garantiu à agência Lusa que o Governo já estava a trabalhar em diversas soluções para minimizar o impacto, para trabalhadores e empresas fornecedoras, face à paragem de produção de nove semanas na Autoeuropa.
Na terça-feira, realizou-se uma reunião das Comissões de Trabalhadores (CT) do Parque Industrial da Autoeurop acom a ministra do Trabalho e outros membros do Governo
"Saímos da reunião com alguma esperança de que será possível reverter alguns dos postos de trabalho perdidos, com a colaboração do Governo, das empresas e da coordenadora das CT", disse à agência Lusa o coordenador Daniel Bernardino.
"Mas, se as empresas não quiserem fazer parte da solução, o Governo também não vai encontrar grandes soluções", acrescentou o representante dos trabalhadores, reiterando que a ajuda governamental "depende da vontade de cada uma das empresas em manter os postos de trabalho em causa".
Há uma nova reunião marcada com representantes dos ministérios do Trabalho e da Economia para as 17 horas da próxima terça-feira, dia 19 de setembro.
A Autoeuropa foi forçada a uma paragem de produção de nove semanas devido às dificuldades de um fornecedor da Eslovénia, que foi fortemente afetado pelas cheias que ocorreram naquele país no início passado mês de agosto.