O Governo estima a criação de cerca de 6500 postos de trabalho por ano com o plano de investimentos ferroviários 2016-2020, disse, esta sexta-feira, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.
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"É um desafio também em nome do emprego em Portugal. Além do aumento de competitividade para as nossas empresas de transporte de mercadorias, estima-se em 6.500 postos de trabalho por ano que vamos ter ao longo de todos os anos em que vamos estar a desenvolver este trabalho", disse Pedro Marques na apresentação do plano de investimento ferroviário 2016-2020.
"Estarmos a criar este emprego todo em Portugal quando queremos relançar economia e emprego é um contributo importante do investimento público para relançar o crescimento e o emprego", acrescentou.
O ministro do Planeamento e das Infraestruturas apresentou esta tarde, juntamente com o presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Ramalho, o plano de investimentos ferroviários 2016-2020, que conta com um apoio financeiro da União Europeia de mil milhões de euros.
No final da apresentação, Pedro Marques disse que os investimentos começam já este mês e que se prevê um investimento global de 460 milhões de euros por ano.
O programa está "muito focado na melhoria da competitividade do transporte ferroviário de mercadorias", nomeadamente nos corredores internacionais norte -- que ligam os portos de Leixões e de Aveiro a Espanha - e do sul, através de Elvas e na fronteira de Caia.
O ministro destacou ainda a construção do novo troço de linha entre Évora Norte e Elvas (via única eletrificada, numa extensão de 79 quilómetros) e a requalificação do troço entre a Guarda e Covilhã.
Entre os objetivos do Governo está a modernização das linhas, a melhoria da qualidade de transporte, mais segurança e estabilidade de velocidade e aumento da capacidade, disse Pedro Marques.
O governante considerou que este plano vai permitir "baixar custos para as empresas".
Pedro Marques avançou ainda que o executivo vai candidatar ao plano Juncker uma intervenção na Linha de Cascais, para uma "otimização da infraestrutura", admitindo que "está a analisar, a possibilidade de acrescentar, ou por modernização ou por aquisição, novo material circulante".
O Governo está em conversações com o operador, a CP, sobre essa matéria, disse, acrescentando que "o Governo tem a opção clara de que não haverá novas concessões" e que, assim, "não será através de uma nova concessão que este investimento será realizado".