O primeiro-ministro, António Costa, disse que o Governo está a desenvolver contactos para o alargamento dos serviços mínimos a todo o país, para minorar os impactos da greve dos motoristas de matérias perigosas.
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O primeiro-ministro, António Costa, disse que o Governo está a desenvolver contactos para o alargamento dos serviços mínimos a todo o país, para minorar os impactos da greve dos motoristas de matérias perigosas.
"Estamos a desenvolver contactos com as partes tendo em vista que possa haver um acordo quanto ao alargamento dos serviços mínimos para cobrir as necessidades fora das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto", afirmou António Costa, em declarações aos jornalistas em Braga, à entrada da cerimónia "Distinções PME Excelência 2018".
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O primeiro-ministro disse esperar que ainda hoje aquela situação fique resolvida e que, "tão breve quanto possível", as partes envolvidas no conflito laboral se sentem à mesa e a greve possa ser superada.
O objetivo é assegurar "o abastecimento mínimo" em todo o país, sublinhou.
"Se não houver acordo, o Governo naturalmente assumirá as responsabilidades quanto à fixação dos serviços mínimos", acrescentou.
António Costa disse ainda esperar "que o bom senso impere" e apelou à "serenidade" dos portugueses.
Segundo o primeiro-ministro, as forças de segurança e as Forças Armadas estão já mobilizadas e preparadas para assegurar o transporte dos combustíveis, "caso seja necessário".
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"Temos já identificados os recursos quer nas forças de segurança, quer nas Forças Armadas que nos permitem alargar a intervenção em caso de necessidade", adiantou, apelando aos consumidores para que "não se precipitem" na afluência aos postos de abastecimento.
A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou à meia-noite de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.
Na terça-feira, gerou-se a corrida aos postos de abastecimento de combustíveis, provocando o caos nas vias de trânsito.
A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) informou esta quarta-feira que não foi ainda retomado o abastecimento dos postos de combustível, apesar da requisição civil, e que já há marcas "praticamente" com a rede esgotada.
O primeiro-ministro admitiu alargar os serviços mínimos e adiantou que o abastecimento de combustível está "inteiramente assegurado" para aeroportos, forças de segurança e emergência.