A 'troika', formada pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, decidiu outorgar à Grécia uma moratória de seis meses durante a qual não vai exigir novas medidas de austeridade.
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Segundo o diário grego "Kathimerini", o objetivo da moratória é dar à Grécia alguma folga para levar à prática as reformas fiscais e estruturais com que se comprometeu.
O jornal baseia as suas informações num alto funcionário do Ministério das Finanças, que assegura que a decisão foi tomada na semana passada numa reunião da 'troika' em Bruxelas.
Este 'balão de oxigénio' não implica um relaxamento das condições acordadas, mas apenas para dar à Grécia a possibilidade de cumprir estritamente o pacto e que os seus problemas de dívida não se convertam em tema de campanha eleitoral na Alemanha, onde em setembro começa a campanha eleitoral.
Entre as medidas em que a 'troika' quer ver avanços figura a luta contra a fraude e evasão fiscal, o cumprimento de objetivos de receita e a privatização de empresas públicas.
Segundo o alto funcionário, a 'troika' está desgostosa porque, no ano passado, a máquina fiscal grega só conseguiu levar a cabo 30% das inspeções previstas.
Esta semana, o Fundo Monetário Internacional desbloqueou 3.240 milhões de euros dentro do plano de resgate da Grécia.
A diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, destacou que o programa grego está a avançar na direção adequada, com notáveis progressos no ajuste fiscal e melhoria da competitividade dos seus custos laborais.
Não obstante, Lagarde sublinhou que "ainda há muito por fazer", sobretudo na redução das "barreiras à competitividade" e no plano de privatizações.