A Grécia pagou, esta sexta-feira, ao Fundo Monetário Internacional, 350 milhões de euros correspondentes à quarta e última tranche do empréstimo que tinha de reembolsar a este organismo neste mês.
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A informação foi dada por uma fonte do Ministério das Finanças grego, citada pela agência Efe.
No total, a Grécia devolveu ao FMI ao longo deste mês de março 1589 milhões de euros.
Atenas também pagará, esta sexta-feira, outros 110 milhões de euros de juros de títulos de dívida pública nas mãos do Banco Central europeu (BCE).
Hoje também se vencem 1600 milhões de euros que serão substituídos pela emissão de títulos a três meses lançada na passada quarta-feira pela agência de gestão da dívida pública grega (PDMA).
Na quarta-feira, a PDMA colocou 1300 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro (BT) a três meses a uma taxa de juro de 2,70%.
O Governo grego tem de pagar até ao final de abril 2600 milhões de euros em salários e pensões, outros 2400 milhões de euros em ajudas sociais e gastos da Segurança Social e 1100 milhões de euros em juros.
A Grécia enfrenta grandes problemas de liquidez, que o Governo grego não especificou, mas que resultam da decisão do Banco Central Europeu (BCE) de, desde 11 de fevereiro, deixar de aceitar os títulos gregos como garantia nas operações ordinárias de refinanciamento, como os leilões semanais.
Os bancos gregos podem conseguir liquidez através do Banco da Grécia, mas à taxa de juro de 1,55%, muito acima da de 0,05% atualmente praticada pelo BCE.
O BCE recusou repetidamente os pedidos do executivo grego para aumentar o teto de emissão de BT, que está fixado em 15 mil milhões de euros.
Na reunião, quinta-feira à noite, entre o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, os presidentes da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, do BCE, Mario Draghi, e do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, e os homólogos da Alemanha e França, Angela Merkel e François Hollande, respetivamente, o mandatário grego assegurou que até à segunda semana de abril a Grécia não terá problemas de liquidez.