A greve dos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras registou, este domingo, de manhã "uma adesão de 100%" nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Madeira, tendo aderido ao protesto "todas as categorias" profissionais, afirmou fonte sindical.
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Nos aeroportos, estão garantidos apenas os serviços mínimos o que está a provocar atrasos, entre hora e meia a duas horas, nas chegadas e partidas dos voos internacionais, disse à Lusa Acácio Pereira, do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF-SEF).
Segundo o sindicalista, todos os aeroportos registaram esta manhã uma adesão de 100%, à exceção dos Açores, onde o número de funcionários é tão reduzido que para garantir os serviços mínimos é praticamente impossível aderir à greve.
"Este é um momento histórico porque, pela primeira vez, aderiram todas as categorias profissionais à greve", sublinhou Acácio Pereira, em declarações à Lusa.
Segundo o pré-aviso de greve, a paralisação nas fronteiras de Lisboa realiza-se entre as 6 e as 10 horas e entre as 14 e as 18 horas e, nas restantes fronteiras e Centros de Cooperação Policial e Aduaneira (CCPA), entre as 7 e as 11 horas e entre as 16 e as 20 horas.
A greve dos inspetores do SEF, que se prolonga até segunda-feira, decorre nos aeroportos, portos marítimos e centros de cooperação policial e aduaneira (CCPA), mas estão garantidos serviços mínimos.
Os inspetores protestam contra os cortes previstos para as remunerações em 2014, a falta de pessoal e a proposta do Governo do Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas, que é "omissa" em relação à continuidade dos inspetores como corpo especial de polícia, segundo o Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF-SEF).
O primeiro dia de greve, que abrange os funcionários de investigação e fiscalização a trabalhar nos departamentos do SEF, decorreu na passada quinta-feira e contou com uma adesão de 70%, de acordo com o sindicato.