Apenas 51 comboios, cerca de 14% do total, circularam em todo o país até às 14:00, devido à greve dos maquinistas, que contestam processos disciplinares interpostos pela empresa alegadamente de forma ilegal.
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Num balanço dos efeitos da jornada de greve que começou à meia-noite, a porta-voz da CP, Ana Portela, disse à Lusa que até às 14:00 tinham circulado "apenas os serviços mínimos, num total de 51 comboios, o que equivale a pouco mais de 14% do que seria um dia normal".
A representante disse que a expetativa da empresa é de que, ao longo de todo o dia, "se cumpram apenas os serviços mínimos, à semelhança do que tem acontecido nos outros dias de greve".
Também António Medeiros, presidente do Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos-de-ferro Portugueses (SMAQ), disse à Lusa que os maquinistas estão "em adesão total e as excepções são o cumprimento dos serviços mínimos que o sindicato assumiu, como sempre".
Explicou no entanto que, embora o tribunal arbitral tenha estabelecido que os serviços mínimos seriam na ordem dos 15%, na realidade os maquinistas estão a assegurar 20 a 30% dos serviços, porque a empresa já tinha definido um plano de redução para estes dias.
"Como a percentagem foi feita sobre a totalidade dos comboios, a percentagem dos comboios em circulação face ao plano de redução que a empresa executou é muito superior", disse.
O dirigente adiantou que a greve vai continuar até às 24:00, prolongando-se nos seus efeitos até às 10:00 de segunda-feira.