A greve dos funcionários públicos, que começou às zero horas desta sexta-feira, teve os primeiros impactos nos serviços de recolha de lixo e nos primeiros turnos dos hospitais, mas motivou o fecho de escolas e centros de saúde em vários pontos do país.
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Mais de 1.500 escolas estiveram fechadas, de acordo dados divulgados pela Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP). Segundo a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) fecharam 90% das escolas.
A Frente Comum da Administração Pública tem marcada para hoje à tarde uma manifestação nacional em Lisboa, contra a proposta do governo de aumentos salariais de 0,3%, esperando uma grande adesão.
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Durante a manhã, o polo principal do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) funcionou a meio gás, com reflexos nas consultas, exames e internamento, devido à primeira greve nacional da função pública que o atual governo enfrenta.
Ao nível da Função Pública, a adesão deverá ser elevada, uma vez que as principais estruturas sindicais, Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, afeta à CGTP, e Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), UGT, estão juntas no protesto.
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Várias escolas do centro da cidade de Coimbra estão encerradas ou sem atividade letiva devido à greve da função pública, sendo uma "espécie de feriado" para alunos e uma "dor de cabeça" para os pais.
Várias escolas dos ensinos básico e secundário de Faro e de Portimão, no distrito de Faro, encerraram e outras funcionam condicionadas por motivos de greve da função pública, deixando milhares de alunos sem aulas.
Nas escolas secundárias Poeta António Aleixo, Engenheiro Nuno Mergulhão os portões estavam encerrados, bem como na Escola Básica e Secundária da Bemposta, em Portimão. Na Escola Básica do 1.º Ciclo e Jardim de Infância Major David Neto não se verificam atividades letivas.
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No concelho de Faro, a situação é idêntica, com várias escolas encerradas e outras em funcionamento, mas com as atividades letivas condicionadas. As escolas secundárias Tomás Cabreira, João de Deus, e as do ensino básico de São Luís e Joaquim de Magalhães estão abertas mas com atividades reduzidas, enquanto as da Penha, São Luís, Afonso III e Neves Júnior estão encerradas.
No Porto, os sindicatos fazem um balanço "muito positivo" dos efeitos da greve da Função Pública no Hospital de São João, o maior da região Norte, assinalando a paragem de muitos serviços e fortes condicionamentos noutros.
Segundo Mário Jorge Sobrinho, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN), dos 12 blocos operatórios do São João apenas três funcionam, os destinados aos serviços urgentes. No caso da pediatria só funcionam os atendimentos relacionados com oncologia, "o que é perfeitamente compreensível".
Os alunos e pais encontraram os portões da maior parte das escolas do Porto fechados com avisos de que as atividades letivas estavam suspensas por motivos de greve da Função Pública.
"Informa-se que devido à greve do dia 31 de janeiro a escola encontra-se sem atividade letiva", lia-se no aviso afixada na porta principal da Escola Fontes Pereira de Melo. A uns cerca de 300 metros de distância, pais e alunos batiam com o nariz na porta da Escola Secundária Clara de Resende, também fechada devido à greve.
Na Escola Básica e Secundária Rodrigues de Freitas, do Porto, as portas também estão encerradas. A história repete-se também na Filipa de Vilhena e noutras escolas como adiantou à Lusa Orlando Gonçalves, do Sindicato das Função Pública do Norte, referindo que recebeu SMS (mensagens de telemóvel) a informar que "muitas escolas estão fechadas".
Em Lisboa, a greve da Função Pública encerrou escolas, enquanto os utentes ainda aguardavam ao início da manhã na sala de espera do Hospital de Santa Maria na expetativa de conseguir uma consulta.
Na educação, em Lisboa, a escola José Gomes Ferreira (secundária) está sem aulas, pelo menos até às 11.30 horas, altura em que entram mais funcionários e a situação pode mudar, segundo um elemento da direção da escola, que anunciou pelas 8.30 horas aos alunos não ter condições para abrir o estabelecimento de ensino.
Também em Benfica, na Escola Básica 1,2,3 e J.I. Pedro de Santarém, a greve de hoje impediu as aulas aos alunos do 2.º e 3.º ciclos, segundo uma nota afixada à entrada do estabelecimento escolar. Outra das escolas afetadas pela greve foi a D. Pedro V, em Sete Rios, que encerrou hoje pela terceira vez em 50 anos por causa de uma greve.
Fecho de escolas em Aveiro apanhou vários pais desprevenidos
O fecho de várias escolas foi um dos sinais mais visíveis das consequências da greve da função da pública em Aveiro, apanhando vários pais desprevenidos e sem soluções para deixarem os seus filhos mais pequenos. Casos da Escola Básica do 1.º Ciclo de Santiago e da escola básica dos 2.º e 3.º ciclos João Afonso de Aveiro.
No Hospital de Aveiro, alguns utentes abordados pela Lusa também contaram que foram afetados pela greve, como é o caso de Catarina Ribeiro que vinha acompanhada com o namorado pa
Duas escolas encerradas, uma adesão acima dos 50% em diferentes estabelecimentos de ensino é o primeiro balanço efetuado pelo Sindicato dos Professores da Madeira (SPM) à greve.De acordo com os dados recolhidos até às 11 horas, estão encerradas as escolas de 1.º ciclo com pré-escolar, da Ajuda (Funchal) e no Lombo, na freguesia dos Canhas, concelho da Ponta do Sol, salientou Luísa Paixão.
A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, da CGTP, convocou uma manifestação nacional para sexta-feira à tarde, em Lisboa.
A Federação Nacional dos Professores e as federações dos médicos (FNAM) e a dos enfermeiros (Fense) e o Sindicato dos Técnicos de Saúde também aderiram.