A adesão dos maquinistas à greve que começa esta segunda-feira é "total", disse o sindicato do setor, provocando supressões de comboios na ordem dos 50% a nível nacional, mas que chegam aos 70% em Lisboa.
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"A greve está a decorrer de acordo com o previsto no pré-aviso. A adesão dos maquinistas é total, a circulação está a fazer-se com supressões na ordem dos 40% ou 50%", disse à agência Lusa o presidente do Sindicato Nacional dos Maquinistas (SMAQ), António Medeiros.
A nível nacional, e até às 08.00 horas, a CP - Comboios de Portugal avança os mesmos números relativamente à paralisação.
"Em termos globais dos serviços da CP a nível nacional, estamos com supressões na ordem dos 50%. Os serviços mais afetados estão a ser os comboios urbanos de Lisboa e Porto. No caso de Lisboa há quase 70% de supressões e no caso do Porto há supressões na ordem dos 62%", revelou a porta-voz da CP, Ana Portela.
A CP adiantou ainda que apenas se realizou um dos seis comboios do serviço Alfa previstos até às 08.00 horas e no serviço Intercidades apenas saíram três dos oito previstos.
As supressões, sublinhou Ana Portela, correspondem às previsões que a empresa tinha para o cenário de greve, sublinhando que tem cumprido a realização de comboios conforme divulgado pelos serviços da CP.
Quanto ao serviço regional, para o qual o SMAQ desagravou a greve, retirando a paralisação às duas primeiras horas de cada turno, a circulação tem correspondido àquilo que é habitual num dia com greve às horas extraordinárias, disse a porta-voz da CP.
Os maquinistas fazem greve às primeiras duas horas do turno nos próximos quatro dias contra a "espoliação dos salários,", disse o presidente do SMAQ, o que vai causar várias perturbações nos comboios da CP.
No dia 5 de outubro, em que se comemora a Implantação da República, a greve será total contra as alterações introduzidas pela revisão ao Código do Trabalho, que contemplam uma redução de 50 por cento no valor pago por trabalho em dia feriado.