A invasão da Ucrânia por tropas russas começou esta quinta-feira e os efeitos sobre os mercados foram quase imediatos. O petróleo passou os 100 dólares por barril, os índices bolsistas entraram em queda livre, o preço do gás natural disparou. Como é tradicional em tempos de conflito, a procura de um ativo de refúgio por parte dos investidores já fez aumentar o preço do ouro.
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O ataque militar da Rússia à Ucrânia afundou, logo na abertura, as principais bolsas europeias e fez disparar os preços das matérias-primas energéticas, sobretudo o petróleo e o gás natural. Em contraste, o conflito está a pressionar em alta os ativos tradicionalmente considerados de refúgio, como o ouro.
A bolsa russa retomou as negociações durante a manhã, após uma paragem temporária na sequência do anúncio do início de uma operação militar russa na Ucrânia, com o índice MOEX a cair 45,2%, de acordo com um comunicado oficial.
Cerca das 10.30 em Lisboa, o EuroStoxx 600 caia 3,30%, para 438,89 pontos, o petróleo Brent cotava-se a 105,35 dólares por barril, mais 8,8% do que na quarta-feira, e o euro caía para 1,1172 dólares (contra 1,1312 na quarta-feira). As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt desciam 2,63%, 4,30% e 4,08%, bem como as de Madrid e Milão, que se desvalorizavam 3,32% e 3,96,77%, respetivamente.
À mesma hora, o gás natural TTF (Title Transfer Facility) para entrega em março subia mais de 34% no mercado neerlandês, para 116,75 euros por megawatt hora (MWh).
Em contrapartida, a onça de ouro subia 3,28%, para 1970,92 dólares, um máximo desde janeiro de 2021, em plena terceira vaga da covid-19 e quando tinha acabado de se iniciar a vacinação em massa da população em todo o mundo.