O Ministério do Trabalho confirmou, esta quarta-feira, que há pelo menos 30 empresas privadas interessadas em aderir à semana de quatro dias de trabalho, mas adiantou que o número é "dinâmico". As sessões de esclarecimento no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) estão a decorrer e as inscrições ainda estão abertas no site do instituto. A última sessão acontece no dia 20 de janeiro.
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De acordo com a tutela, há 43% empresas interessadas no projeto-piloto que são dos setores do comércio (cinco), da arquitetura e engenharia (quatro) e das tecnologias da informação (quatro). Há ainda empresários da indústria (três), da consultoria e gestão (três) e dos serviços jurídicos (três) que querem saber mais sobre o novo modelo de organização de trabalho.
Na terça-feira, o coordenador da semana de quatro dias de trabalho adiantou que a maioria dos responsáveis pretende "diminuir o stress dos trabalhadores, facilitar a retenção de talento e o recrutamento". Há ainda quem queira compensar os funcionários pela falta de aumentos salariais, ao diminuir a carga horária semanal do trabalho.
Pedro Gomes explicou que, entre março e maio, os empresários terão de dizer se querem avançar com a semana de quatro dias, já que, por esta altura, haverá "trabalho preparatório" para definir a implementação do projeto em cada organização. No entanto, os responsáveis poderão recuar sempre que entenderem que a competitividade da empresa está em risco.
Só em junho do próximo ano, a semana de quatro dias de trabalho estará efetivamente no terreno. As empresas não terão benefícios monetários por aderir ao programa, os trabalhadores não podem ter perdas salariais e podem inclusive recusar aderir ao projeto-piloto.