O presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), Francisco Madelino, considerou que os dados de Maio relativos ao número de inscritos podem representar "os primeiros sinais" da recuperação do mercado de trabalho.
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De acordo com os dados hoje divulgados pelo IEFP, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego em Maio diminuiu 0,5 por cento, relativamente ao mês anterior, apesar de ter subido 27,6 por cento em termos homólogos.
Em declarações à agência Lusa, Francisco Madelino destacou ser "a primeira vez em 10 meses que o desemprego relativamente ao mês anterior cresce", uma vez que desde Agosto que esta situação não se verificava.
"Estes sinais, se se mantiverem nos próximos meses, significam algum alívio relativamente aos últimos dois trimestres, mas continua a haver uma grande pressão em termos de desemprego na sociedade portuguesa", alertou.
Pela positiva, Francisco Madelino destacou igualmente o facto das ofertas de emprego e do número de colocações terem subido quer em termos homólogos, quer em termos mensais, pela primeira vez este ano.
O volume de ofertas de emprego disponíveis no final do mês nos centros de emprego de todo o país totalizou as 15.654, mais 4,3 por cento do que no mês homólogo e mais 10,2 por cento face a Abril.
O número de colocações efectuadas ao longo do mês, através dos centros de emprego de todo o país, por sua vez, totalizou as 5.600, um número que supera em 4,5 por cento o mês homólogo de 2008 e em 7,4 por cento o de Abril de 2009.
Para Francisco Madelino, na actual conjuntura, com alguns sinais positivos a virem também da parte da economia norte-americana, estes dados relativos à economia portuguesa são relevantes.
"Podemos estar perante os primeiros sinais positivos relativamente ao mercado de trabalho e que tão necessários são porque grande parte dos problemas que se verificam nas economias tem a ver com as expectativas e portanto é preciso criar confiança quer nos consumidores e fundamentalmente nos investidores", disse.