Dizem que há "uma chacina empresarial no setor". Um grupo de 150 empresários da restauração, reunidos na plataforma URBAC 19- União de Restaurantes de Braga de apoio ao Covid-19, solicitou esta terça-feira uma audiência ao Presidente da República, ao primeiro-ministro, aos ministros, da Economia e das Finanças, à Direção Regional do Norte da Segurança Social e à Direcção Regional Norte do IEFP.
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"Neste momento, temos uma pandemia a nível mundial e uma chacina empresarial em Portugal. A falta de sensibilidade com que olham para este setor é, no mínimo, um ultraje à nossa ética enquanto empresários", disse ao JN o seu porta-voz, Albino Fernandes, de Braga.
Na carta, os gestores afirma que "o cenário é de guerra, em campo aberto e ao longe já vemos as valas comuns onde querem colocar os nossos negócios".
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"Pedimos esta audiência face à ausência de medidas onde a restauração se enquadre. E, também, pela falta de resposta ao anterior envio do nosso manifesto"..
Albino Fernandes salienta que "o tempo urge e é determinante tomar medidas de apoio que ajudem a salvar estes postos de trabalho e este setor económico".
Os empresários, que dizem representar mais de 1500 postos de trabalho, sustentam que, "se exigia mais respeito pela forma como sempre souberam colaborar em horas de sofrimento".
E acusam: "As medidas anunciadas até agora mais não passam do que de manobras de diversão para entreter a opinião pública, como é o caso da forma como se trata a banca "solicitando" mais cooperativismo, quando se deveria exigir-lhe que estivesse ao nosso lado, da mesma forma que a todos nós foi exigido pelos nossos impostos para a capitalizar e que hoje quer fazer de nós o seu meio para atingir o lucro".
A concluir, e dirigindo-se ao Presidente e ao Primeiro Ministro, diz a URBAC-19: "oiçam-nos enquanto cidadãos que todos os dias trabalham para fazer deste país um país digno de se viver, pois, de outra forma, se a vossa inércia durar, pouco, muito pouco ou nada restará deste sector e de tantas famílias que dele dependem..."