O presidente do Núcleo Empresarial de Castelo Branco (NERCAB), Jorge Martins, receia que o aumento de impostos previsto na proposta de Orçamento de Estado para 2011 provoque um crescimento da economia informal.
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"Vai passar a haver mais negócio por baixo da mesa: com o aumento de IVA haverá cada vez mais a tentação para as pessoas comprarem sem factura", destacou hoje, segunda-feira, em declarações à Agência Lusa.
Do ponto de vista da captação de receitas fiscais, "penso que as coisas não vão correr muito bem", alertou, antevendo uma "perca de rentabilidade por parte do Estado".
Em termos gerais, com a proposta de OE, "avizinha-se um período muito grave e no interior, onde temos um tecido económico mais pequeno, vai ser ainda mais complicado", realçou.
Para Jorge Martins, a primeira consequência visível vai ser a diminuição de postos de trabalho, porque "as empresas vão emagrecer as suas estruturas até que possam".
Uma situação que vai trazer "maiores dificuldades a quem reside na região", receando ainda em especial os efeitos sociais do "aumento do IVA aplicado a bens de primeira necessidade".
A proposta de Orçamento de Estado para 2011 impõe um aumento de receita fiscal e uma diminuição das deduções fiscais por parte dos contribuintes que serão assim menos incentivados a pedirem recibos sobre bens ou produtos até agora dedutíveis.