A Honda apresentou no Porto, à imprensa europeia, a sua nova geração do CR-V. A par do aumento das dimensões, destaque para a versão híbrida plug-in, a primeira a chegar ao mercado, que promete 82 quilómetros de autonomia elétrica.
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O CR-V continua ser um dos SUV mais vendidos do Mundo e já atingiu as 10 milhões de unidades vendidos desde o seu lançamento, em 1995. Nesta sexta geração a Honda, que assume ser uma marca de nicho em Portugal, apontou ao segmento Premium do mercado e, ao aumentar as suas dimensões para os 4.7 metros de comprimento, enfrenta concorrentes como o BMW X3 ou o Volvo XC60.
A primeira versão a chegar ao mercado é a híbrida plug-in (PHEV), que conta com 148 cavalos do motor a gasolina e 184 do elétrico, que nos foi dada a ensaiar num percurso com cerca de 120 quilómetros que, partindo de Gaia, passou pelas exigentes EN222 e a EN108 (Estrada de Entre-os-Rios), atravessou o Porto e terminou na Maia.
Destaque para o bom comportamento em curva, a que não é alheio o centro de gravidade mais baixo proporcionado pela colocação das baterias sob o habitáculo. Uma característica, aliás, que permite a esta versão PHEV ter uma mala maior do que a versão híbrida (635 litros, contra 596).
Premium
Mas este CR-V não descura os ocupantes, graças ao trabalho da suspensão mas, igualmente, aos confortáveis bancos e ao muito espaço interior. Se a isto somarmos uma montagem robusta e materiais de qualidade, temos o ambiente Premium pretendido pela Honda.
A posição de condução é boa e a visibilidade surpreende, em especial na cidade. O tablier foi rebaixado e os pilares da frente estão recuados, proporcionando uma visão desafogada.
O painel de instrumentos é digital e, ao centro, um monitor tátil, de 9 polegadas. De grafismo um pouco ultrapassado, é certo, mas colocado numa posição ideal. Vê-se bem e não tira visibilidade para a frente.
Mas nem tudo são rosas, e o estranho comando da caixa de velocidades – por teclas - leva a inevitáveis enganos entre o R (marcha atrás) e D (drive).
Falando de autonomia, conseguimos fazer 72 quilómetros em modo exclusivamente elétrico o que, atendendo ao percurso que efetuamos, com pouca cidade, alguma auto-estrada e as curvas da EN222, nos leva a crer que é possível chegarmos ainda mais perto dos 82 quilómetros anunciados pela marca.
Técnica
O CR-V recorre a uma hibridização original, pois o motor 2.0 a gasolina é utilizado, na maior parte do tempo, para carregar a bateria, de 17,70 kWh, pois é a máquina elétrica que assegura a tração.
No entanto, pode também acionar as rodas da frente, especialmente em casos de forte aceleração.
O condutor pode selecionar entre os modos Elétrico, Híbrido Auto, Save e Charge e os Eco, Normal e Sport, sendo que as patilhas no volante permitem controlar a intensidade da travagem regenerativa. Solicitamos menos os travões, embora não seja possível imobilizar o CR-V.
A segurança também foi incrementada com aquilo a que a marca designa por Sensing 360 e inclui radar de trânsito cruzado traseiro, deteção de obstáculos a 360°, controlo adaptativo de velocidade de cruzeiro, mudança automática de faixa e centragem na faixa.
O CR-V Híbrido já chegou a Portugal e custa 61.500 euros. No início do próximo ano estará à venda a versão híbrida, que custará a partir dos 56 mil euros.