O Governo comprometeu-se, esta terça-feira, a apoiar os horticultores da Póvoa de Varzim que viram as suas estufas destruídas pelo mau tempo e aconselhou-os a, no futuro, fazerem seguros agrícolas.
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Em janeiro, o vento e a chuva forte causaram prejuízos estimados em cerca de cinco milhões de euros e, na ocasião, o Governo prometeu apoios ao abrigo do PRODER para os horticultores afetados.
Esta terça-feira, a Associação dos Horticultores da Póvoa de Varzim (HORPOZIM) pediu ao secretário de Estado da Agricultura um reforço no apoio financeiro, uma vez que o mau tempo voltou este mês a causar estragos na região.
"Saímos desta reunião muito contentes, porque fomos recebidos de forma simples e sincera. Os últimos estragos não vão poder ser para já enquadrados na ajuda do PRODER, mas eles prometeram solucionar esse problema e ajudar os horticultores que foram prejudicados", disse à agência Lusa o presidente do HORPOZIM, Carlos Alberto Lino.
Segundo este responsável, foram prejudicados pelo mau tempo mais de 250 horticultores.
Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, disse que, além do apoio através do PRODER, o Governo vai ajudar os agricultores através de uma linha de crédito que fez com oito bancos. "Todo o investimento que os agricultores fizeram desde o momento do temporal será posteriormente ressarcido em 75%", explicou.
José Diogo Albuquerque referiu, ainda, que o Governo está a analisar semanalmente cerca de mil candidaturas relativas ao programa de desenvolvimento rural PRODER, mas que irá dar prioridade às que respeitam a agricultores vítimas de mau tempo.
"Há muito trabalho na análise das candidaturas, mas haverá um tratamento prioritário para os agricultores" afetados pelo temporal "e será assegurada uma celeridade. A partir do momento em que forem aprovadas os agricultores poderão apresentar despesa", afirmou.
Na reunião com os horticultores, o governante aconselhou-os a, no futuro, fazerem seguros agrícolas e prometeu apoios financeiros maiores para quem cumprir. "A Agricultura é uma atividade de risco e em Portugal o risco é ainda maior do que em alguns países da Europa. É necessário sensibilizar os nossos agricultores para utilizarem materiais mais resistentes e a fazer sistemas de seguro", sublinhou.