A receita do imposto tem vindo a diminuir, o que o Governo atribui à redução de vendas de bebidas açucaradas.
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O Imposto sobre as Bebidas Não Alcoólicas (IBNA) foi introduzido em 2017 e as receitas do Estado têm vindo a diminuir, sendo que em 2020 o encaixe obtido foi de 50 milhões. No ano em que foi introduzido, a receita do IBNA foi de 71,4 milhões de euros. Em 2018, rendeu 72,6 milhões. No ano seguinte, a receita desceu para os 58 milhões de euros.
A redução da receita fiscal da tributação é consistente com a queda de 15% do volume de vendas de bebidas sujeitas ao IBNA, segundo um estudo da Autoridade Tributária citado no relatório anual do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Entre 2016 e 2018, foi registado um aumento de 77% no preço de bebidas açucaradas, sendo que o aumento médio por bebida foi de 0,32 euros. Entre 2018 e 2020, em grande parte dos produtos foi registado um decréscimo de preço, numa média de 12%.
Segundo o gabinete do ministro das Finanças, João Leão, a criação do imposto "deu início à redução da adição de açúcar nos refrigerantes comercializados em Portugal, o que se comprova pela redução consistente da receita".
De maneira a evitar pagar o IBNA, vários produtores reduzem a quantidade de açúcar nas bebidas. Segundo o relatório da DGS, "desde a implementação do imposto verificou-se uma tendência para a diminuição do teor médio de açúcar em todas as categorias de bebidas".