O governo acredita que a eventual indemnização do Estado decorrente do fim do projeto do TGV será "certamente menor" do que os cerca de 300 milhões de euros estimados até agora pelo consórcio envolvido, disse o ministro da Economia.
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Álvaro Santos Pereira disse aos jornalistas que este processo "mostra muito claramente o que foi feito nos últimos anos em Portugal".
"Lançaram-se muitas vezes concursos, nem sempre com o cuidado que se devia ter, sem ter em linha de conta as disponibilidades financeiras do país. Uma a uma estamos a desmontar as irresponsabilidades do passado. Esta é uma delas", disse o ministro. da Economia.
Santos Pereira reiterou a disposição do governo para investir em linhas de velocidade alta em bitola europeia destinadas essencialmente a transporte de mercadorias, que liguem por via ferroviária os portos de Aveiro e Leixões a Espanha e França.
A Soares da Costa, líder do consórcio a quem fora adjudicada a construção da linha Poceirão-Caia, considera ter direito a ser ressarcida de uma despesa de 264 milhões de euros, depois de o contrato ter sido chumbado esta semana pelo Tribunal de Contas.
"A concessionária tem direito a ser ressarcida dos custos e despesas em que incorreu", afirmou à Lusa o presidente executivo da Soares da Costa, António Castro Henriques.