O indicador de clima económico caiu novamente em outubro, com a confiança a degradar-se em todos os setores de atividade, segundo dados divulgados, esta terça-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística.
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O indicador (calculado através de inquéritos a empresas vários setores de atividade), que mede as expectativas dos agentes económicos face à evolução da economia, registou um valor de -4,6. Em setembro, o indicador de clima estava nos -4,2 pontos.
De fevereiro até setembro, o indicador estabilizou ou registou valores menos negativos. No mês passado, coincidindo com a apresentação de novas medidas de austeridade pelo Governo, a tendência positiva inverteu-se.
Os indicadores de confiança setoriais recuaram todos em outubro. A quebra mais significativa ocorreu nos serviços, onde se registou um valor de -33,1 pontos, o mais baixo de sempre.
Entre as secções dos serviços com variações mais negativos, os técnicos do INE destacam "atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas", "transportes e comunicações" e "atividades de informação e de comunicação".
Os indicadores de confiança do INE são calculados através de médias móveis de três meses dos saldos de respostas extremas a inquéritos. Um número negativo significa que houve mais respostas pessimistas do que otimistas.
O recurso às médias móveis de três meses serve para ultrapassar o impacto de efeitos sazonais. O INE publica também os dados por cada mês. Considerando apenas os valores para outubro, as quebras de confiança são ainda mais acentuadas; no caso da construção e obras públicas, o indicador regista também um novo recorde negativo.