O Instituto Nacional de Estatística confirmou uma subida em 6,9% do valor das rendas para o próximo ano, tendo em conta a variação média dos últimos 12 meses do Índice de Preços no Consumidor (IPC). O Governo diz que ainda não é o tempo para se pronunciar.
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Os dados foram apresentados esta terça-feira e confirmam que, sem uma atuação por parte do Governo, as rendas vão sofrer o maior aumento em 30 anos.
Numa renda de 500 euros, acresceriam mais quase 35 euros por mês, estima a Associação de Inquilinos Lisbonenses.
Questionada, fonte oficial do ministério da Habitação respondeu que o Executivo não vai, para já, reagir. Recordou que, no passado, a ministra lembrou que o Governo tem até dezembro para tomar uma decisão, salientando que a subida só terá efeitos a 1 de janeiro de 2024.
No ano passado, e perante a perspetiva de uma atualização das rendas de 5,43%, o Executivo socialista avançou com uma norma travão que limitou a subida a um máximo de 2%. Em 2022, o aumento foi de 0,43%, depois de, em 2021, não ter havido qualquer atualizção dado que a inflação foi negativa.
Porém, ainda não é conhecida qualquer posição do Executivo liderado por António Costa nesta matéria, desconhecendo-se se será ou não imposto um travão aos novos valores das rendas.
O INE já tinha divulgado uma estimativa para estes valores, tendo-os confirmado hoje.