Os juros da dívida soberana portuguesa estão esta terça-feira a subir nos principais prazos no mercado secundário, numa manhã em que a dívida soberana italiana e espanhola está a bater recordes em algumas maturidades.
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Pelas 08:31, os juros exigidos pelos investidores para transaccionar dívida soberana portuguesa a cinco anos atingiam os 15,465 por cento, acima dos 15,143 por cento da média do dia de segunda-feira, segundo os dados compilados pela agência de informação financeira Bloomberg.
O 'spread' face à dívida alemã atingia os 1.391 pontos base nesta maturidade.
No prazo a dez anos, a dívida soberana também transaccionava a valores superiores aos do dia anterior, com os investidores a negociarem os títulos nos 11,126 por cento, acima dos 10,909 por cento de segunda-feira.
Apesar desta tendência crescente os valores exigidos para transacionar dívida portuguesa estão cerca de dois pontos percentuais abaixo dos máximos já atingidos por estes títulos.
A 17 de Julho, os títulos a cinco anos bateram o recorde histórico ao fecharem o dia nos 17,457 por cento e a 10 anos atingiram o máximo de 13,382 por cento a 11 de Julho. Em ambos os casos, foram valores máximos desde a entrada de Portugal no euro, em 1999.
Esta diferença é mais significativa ainda no prazo a dois anos. Depois de a 18 de Julho, as obrigações soberanas desta maturidade terem atingido o máximo histórico ao ultrapassarem a barreira dos 20 por cento, hoje transacionavam nos 14,980 por cento, acima dos 14,749 de segunda-feira.
Aliás, desde o dia 27 de Julho que estes títulos negoceiam abaixo dos 15 por cento.
Em destaque esta manhã estão também as obrigações soberanas de Espanha e Itália, que batiam máximos em vários prazos no mercado secundário.
A 10 anos, as obrigações espanholas negociavam nos 6,412 por cento e as italianas nos 6,211 por cento, em ambos os casos em máximos desde a entrada dos dois países no euro, em 1999.
Já a cinco anos, a Espanha abriu a manhã em recordes mas entretanto o valor exigido desceu para 5,670 por cento, enquanto a Itália se mantinha em alta, de 5,801 por cento, também um máximo desde 1999.
Nas obrigações com maturidade a dois anos, a Espanha transacionava nos 4,686 e a Itália nos 4,810 por cento, batendo recordes desde 2008. equivalente a 140 por cento do PIB" português.