O presidente do Governo madeirense afirmou hoje, segunda-feira, que Portugal está sobrecarregado de impostos e defendeu o corte nas despesas "de tudo o que é inútil", acabando com organismos como a ERC e o Tribunal Constitucional.<br />
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Alberto João Jardim falava aos jornalistas à margem de uma audiência na Quinta Vigia sobre as afirmações do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, em Bruxelas, que admitiu a possibilidade de um aumento de impostos para acelerar o processo de consolidação orçamental do país.
"Portugal está demasiado sobrecarregado de impostos e quanto maior for a carga de impostos, menor será o investimento e o emprego pelo que isto tem de ser feito sobre o ponto de vista do corte na despesa", salientou Jardim, acrescentando que o país "tem muito organismo inútil que o chamado espírito do 25 de Abril e o caminho para o socialismo criou e é por aí que se começa a cortar".
Para o líder madeirense, é necessário "acabar com tudo o que é inútil em Portugal e que está a atrapalhar" e deu como "exemplos de inutilidade a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Tribunal Constitucional".
O ministro das Finanças admitiu, esta madrugada, a possibilidade de aumentar os impostos para assegurar o aumento da rapidez da trajectória de redução do défice orçamental nos próximos anos e Portugal ganhar a confiança dos mercados financeiros.