O ex-presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, elogiou, esta quinta-feira, Portugal por "estar prestes a regressar aos mercados" e disse que só países "cegos" não reconheceriam o esforço feito na execução do programa de assistência financeira.
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"Eu não quero interferir em pormenores, mas estou bastante contente que Portugal, graças ao esforço do país, esteja agora prestar a regressar aos mercados como membro de pleno direito, o que Portugal fez nos últimos anos é absolutamente impressionante e só tenho de elogiar o povo português", afirmou à agência Lusa e à rádio TSF o luxemburguês, que disputa com o francês Michel Barnier o lugar de candidato do Partido Popular Europeu (PPE), a maior família política europeia, de centro-direita, a presidente da Comissão Europeia.
Juncker, que falava durante os trabalhos do congresso do PPE, que decorre esta quinta-feira e sexta-feira em Dublin, manifestou o seu "afeto" por Portugal e salientou a ligação com o Luxemburgo.
"Sinto-me próximo de Portugal, porque 20% dos habitantes do meu país são portugueses, tenho uma relação especial com Portugal e tentei fazer tudo para ajudar Portugal enquanto estive à frente do Eurogrupo", declarou.
A propósito do programa de assistência, o antigo primeiro-ministro do Luxemburgo não quis posicionar-se sobre as hipóteses de uma saída "limpa' ou de um programa cautelar, mas elogiou fortemente Portugal.
"Se os outros Estados-membros fossem cegos e não vissem o que Portugal fez nestes anos, então não haveria nada a fazer, mas eu acho que tanto Portugal como os países do Eurogrupo estão empenhados num esforço conjunto para levar Portugal a uma saída do programa", afirmou.
A eleição do candidato do PPE a presidente da Comissão Europeia decorre na sexta-feira de manhã, seguindo-se uma conferência de imprensa do vencedor, que, ao que tudo indica, será Juncker.