Os juros exigidos pelos investidores para deter títulos de dívida soberana portuguesa a dois e a cinco anos estão hoje em máximos históricos no mercado secundário, ultrapassando a barreira dos 11,4%.
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Às 9.11 horas os juros exigidos para deter títulos de dívida soberana portuguesa a dois anos transaccionavam, em média, nos 11,467%, acima dos 11,466% de segunda-feira, de acordo com a agência de informação financeira Bloomberg.
O 'spread' face à dívida portuguesa neste prazo atingiu hoje o máximo histórico de 973,2 pontos base.
Máximos históricos também para os juros exigidos para deter títulos de dívida soberana a cinco que negociavam, em média, nos 11,498%, face aos 11,493% a que negociavam na segunda-feira, com um 'spread' de 888,6 pontos base.
Já os juros exigidos para deter títulos de dívida soberana portuguesa a dez anos negociavam, em média, nos 9,493%, ligeiramente abaixo dos 9,500% registados na segunda-feira.
No sábado, o Instituto Nacional de Estatística (IN) voltou a rever em alta o défice de 2010 para 9,1% do PIB, um valor longe do objectivo traçado pelo Governo para esse ano, de 7,3%. Em causa estiveram alterações na forma de contabilização de três investimentos realizados mediante Parcerias Público-Privadas (PPP): as concessões SCUT do Norte Litoral, Costa de Prata e Túnel do Marão.