Os juros da dívida soberana de Portugal estavam, esta segunda-feira, a subir acentuadamente a dois, cinco e 10 anos face aos valores registados na sexta-feira, pressionados pelo resgate de 10 mil milhões de euros ao Chipre.
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Os juros das dívidas soberanas italiana, espanhola e grega também estavam em forte alta.
Às 9.20 horas, os juros da dívida soberana portuguesa a dois anos estavam a negociar no mercado secundário a 3,279%, depois de terem fechado na sexta-feira a 3,092% e terem atingido um mínimo histórico desde outubro de 2010 na quarta-feira.
A cinco anos, os juros situavam-se nos 4,907%, acima dos 4,669% de sexta-feira, enquanto a dívida a 10 anos estava ser negociada a 6,198%, acima dos 5,956% de sexta-feira.
O Governo de Nicósia aceitou, na madrugada de sábado, o plano de resgate financeiro, de 10 mil milhões de euros, ao país e que prevê um pacote de medidas que incluem um imposto de 9,9% sobre os depósitos bancários superiores a 100 mil euros e de 6,75% sobre depósitos de valor inferior.
Os partidos políticos do Chipre terão ainda de ratificar os termos do acordo com a União Europeia durante a reunião de emergência do parlamento que está marcada para hoje.
De acordo com os meios de comunicação social cipriotas, o nível de indignação contra o acordo fez com que a discussão parlamentar de emergência que estava marcada para domingo fosse adiada para hoje, feriado no Chipre, sendo que é possível que venha a ser decretado feriado bancário na terça-feira, se não houver acordo no parlamento de Nicósia.
Juros da dívida soberana em Portugal, Grécia, Itália e Espanha cerca das 9.20 horas.