Os juros exigidos pelos investidores para deter títulos de dívida soberana portuguesa a cinco estão a bater novos máximos, esta segunda-feira, no dia em que a 'troika' começa as discussões políticas com os responsáveis portugueses.
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Às 08.32 horas, os juros exigidos para deter títulos de dívida soberana portuguesa a cinco anos negociavam, em média, nos 10,587%, um novo máximo histórico e acima dos 10,577% registados na sexta-feira, segundo a agência de informação financeira Bloomberg. O 'spread' face à dívida alemã nesta maturidade atingia os 792,7 pontos base.
Já os juros exigidos pelos investidores para deterem títulos de dívida soberana portuguesa a dez anos negociavam, em média, nos 8,994%, marginalmente abaixo do máximo histórico de 8,997% de sexta-feira. O 'spread' face à dívida alemã chegava aos 566,0 pontos base.
A taxa a dois anos, por sua vez, negociava nos 9,771%, ligeiramente abaixo do máximo histórico de 9,811% atingido na sexta-feira, enquanto o 'spread' face à dívida alemã tocava nos 796,7 pontos base.
A 'troika' do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia começa esta semana as discussões políticas com os responsáveis portugueses, após uma semana de análise da situação do país.
Esta semana decorrerão negociações com as autoridades portuguesas e encontros com os principais responsáveis, sendo já conhecida uma reunião marcada para terça-feira com os parceiros sociais.
Esta negociação servirá para estabelecer os compromissos que as autoridades portuguesas terão de assumir para, em troca, o país receber o empréstimo pedido, que José Sócrates anunciou no dia 6 de Abril.