O Estado colocou, esta quarta-feira, 848 milhões de euros de dívida com maturidade a três meses, pagando uma taxa de juro média de 4,926%, acima do valor pago na emissão de Junho.
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De acordo com o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), o incremento previsto inicialmente estava estipulado entre 750 e mil milhões de euros.
O Estado pagou nesta operação uma taxa de juro média de 4,926%, acima dos 4,863% da emissão com o mesmo prazo de 15 de Junho (4,863%), mas ainda assim ficou abaixo dos 4,967% do leilão a três meses de 1 de Junho, que foi o valor mais alto de sempre.
A taxa de corte (última taxa de juro a que Portugal aceitou vender dívida) fixou-se nos 4,994%.
O juro mais baixo oferecido a Portugal para comprar dívida no leilão desta quarta-feira foi de 3,950%.
A procura foi de 2,0 vezes a oferta, o que compara com as 2,4 vezes de Junho.
Com o leilão, a linha de Bilhetes do Tesouro que vence a 21 de Outubro deste ano fica agora com um saldo vivo (montante a amortizar pelo Estado quando a linha atingir a maturidade) de 2.975,0 milhões de euros.
O leilão, o quinto desde que Portugal pediu assistência financeira externa, acontece um dia depois da agência de notação financeira Moody's ter cortado em quatro níveis o 'rating' de Portugal de Baa1 para Ba2, colocando a dívida do país na categoria de 'lixo' (junk).