Os líderes da União Europeia, reunidos esta segunda-feira numa cimeira em Bruxelas, comprometeram-se a apresentar "planos nacionais de emprego" com medidas concretas destinadas a reduzir as taxas de desemprego.
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Segundo uma "declaração sobre crescimento e empregos" acordada pelos líderes dos 27, os estados-membros comprometem-se a "desenvolver e implementar iniciativas abrangentes" a nível da criação de emprego.
Nesse âmbito, cada governo da União Europeia irá apresentar um "plano nacional de emprego", que será sujeito a uma "vigilância reforçada" no quadro do chamado "semestre europeu".
A declaração destaca especialmente a necessidade de reduzir o desemprego entre os jovens. Para isso, os estados-membros propõem "aumentar substancialmente o número de estágios" para jovens e "reforçar os esforços" para dar aos recém-licenciados a "primeira experiência de trabalho", nomeadamente através do programa Leonardo da Vinci.
Os líderes europeus também querem "reforçar a mobilidade laboral" através da revisão das regras de reconhecimento de qualificações profissionais. O documento também refere o recurso ao Fundo Social Europeu para apoiar "a criação de projetos de estágio" e de empreendedorismo.
A declaração resultante da cimeira, intitulada "a caminho de uma consolidação [orçamental] pró-crescimento e de um crescimento pró-emprego", reconhece que os membros da União estão a "fazer grandes esforços para corrigir desequilíbrios orçamentais".
Isso, no entanto, "não basta". Por isso, a declaração prevê que o Conselho Europeu de março dê "orientações aos estados-membros" relativamente às suas políticas económicas e de emprego.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, havia já proposto aos oito Estados-membros da UE com as maiores taxas de desemprego de jovens o lançamento imediato de programas-piloto para reduzir o fenómeno do desemprego entre os jovens.