Lisboa é a 58.ª melhor cidade do mundo para recrutar, contratar e deslocar colaboradores, numa lista de 131 cidades liderada por Nova Iorque, segundo o estudo People Risk Index 2012, da consultora de recursos humanos Aon Hewitt.
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O estudo, a que a agência Lusa teve acesso e que será lançado a nível mundial, avalia os riscos que as empresas correm com o recrutamento, emprego e deslocalização de funcionários em 131 cidades do mundo, considerando fatores como a demografia, o acesso à educação, o desenvolvimento de capacidades, as práticas de emprego e a legislação dos respetivos países.
"Pese a descida de oito lugares no People Risk Index e a conjuntura económica que atualmente se verifica em Portugal, com as empresas e as famílias a debaterem-se com dificuldades e o desemprego a atingir índices muito elevados, Lisboa continua a ser uma cidade favorável para o estabelecimento de negócios", indica o responsável da Aon Hewitt Portugal, Rui Silva, em documento enviado à Lusa.
Devido a "baixos índices de violência, estabilidade política, boas infraestruturas ao nível de parques empresariais e um sistema educativo capaz de acompanhar a demanda de quadros técnicos qualificados, Lisboa está a par de cidades como Milão e acima de cidades europeias como Roma, Atenas ou Budapeste, entre outras grandes cidades mundiais como Buenos Aires, São Paulo ou Joanesburgo", sublinha.
O principal fator de risco que se apresenta às empresas que queiram instalar-se em Lisboa é comum a outras cidades europeias: o envelhecimento da população e a redução do número de pessoas em idade ativa.
No estudo da Aon Hewitt, Lisboa surge à frente de cidades como o Rio de Janeiro, mas atrás de Madrid, Barcelona e Berlim.
A encabeçar o "ranking" das cidades com menores riscos do mundo encontram-se, a seguir a Nova Iorque, Toronto, Singapura, Montreal e Londres.
As menos desejáveis para os empregadores são Lagos (Nigéria), Adis Abeba (Etiópia), Bagdad (Iraque), Saná (Iémen) e Damasco (Síria).