O resultado líquido do Banco Central Europeu cresceu 325% para 728 milhões de euros no ano passado, face aos 171 milhões de euros registados em 2010.
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"O lucro líquido do BCE para o exercício de 2011 cifrou-se em 728 milhões de euros (171 milhões de euros, em 2010)", revelou em comunicado a instituição, realçando que a 3 de janeiro de 2012 "foi distribuído aos bancos centrais nacionais (BCN) da área do euro um montante de 652 milhões de euros referente a parte dos proveitos do BCE relativos à sua participação no total de notas de euro em circulação" e que "na reunião de hoje, o conselho do BCE decidiu distribuir os restantes 76 milhões de euros aos BCN da área do euro em 12 de março de 2012".
De resto, o BCE registou um excedente de 1894 milhões de euros em 2011, o que compara com um excedente de 1334 milhões de euros em 2010. "O conselho do BCE decidiu proceder à transferência, em 31 de dezembro de 2011, de um montante de 1166 milhões de euros para a provisão para riscos", lê-se no documento.
Com essa transferência e o contributo de 13 milhões de euros do Eesti Pank, a provisão aumentou para o seu presente limite máximo de 6363 milhões de euros. "A provisão para riscos destina-se a cobrir riscos de taxa de câmbio, de taxa de juro, de crédito e de flutuação do preço do ouro, os quais são acompanhados numa base contínua. A sua dotação e necessidade de manutenção são revistas anualmente", sublinhou o BCE.
Os proveitos correntes do BCE resultam principalmente dos rendimentos do investimento dos seus ativos de reserva e da sua carteira de fundos próprios, das receitas de juros referentes à sua participação de 8 por cento no total de notas de euro em circulação e do rendimento líquido de títulos adquiridos para fins de política monetária ao abrigo do primeiro e segundo programas de aquisição de covered bonds (o primeiro programa decorreu de julho de 2009 a junho de 2010 e o segundo teve início em novembro de 2011) e do programa dos mercados de títulos de dívida (iniciado em maio de 2010).
Os ganhos realizados em operações financeiras totalizaram 472 milhões de euros no ano passado(face aos 474 milhões de euros, em 2010).
"As menos-valias, resultantes sobretudo de perdas não realizadas em títulos negociáveis não relacionados com fins de política monetária, ascenderam a 157 milhões de euros em 2011 (195 milhões de euros, em 2010)", anunciou o BCE.
Os custos administrativos do BCE relativos ao pessoal, ao arrendamento de edifícios, a honorários e a outros bens e serviços totalizaram 442 milhões de euros em 2011 (415 milhões de euros, em 2010), incluindo custos com amortizações de imobilizado no montante de 11 milhões de euros.
"A grande maioria dos custos relacionados com a construção da nova sede do BCE foi capitalizada e excluída desta rubrica", frisou a entidade.